O Candidato Republicano ou o Mal Amado 2008
Os republicanos partem para esta pré-eleição, ou eleição interna com duas noções: A primeira, demarcarem-se o mais possível do actual presidente Bush; a segunda, colarem-se o mais possível ao patriotismo e conservadorismo do seu próprio partido. Não é tarefa fácil, longe disso, como alias nunca o seria, numa corrida a umas eleições presidenciais mas que este ano e com o continuo desgaste e a crescente desolação nacional pela administração Bush os pré-candidatos enfrentam uma missão quase impossível. Se por um lado têm que se manter firmes em questões como o Iraque, como os impostos e a imigração (aqui já com maior flexibilidade) com vista a agradar á maioria do seu partido, por outro e se pensarem em querer alguma vez poder lutar pelo assento na oval da casa branca, terão que mostrar-se o mais flexível possível sobre os mesmos domínios com vista a garantir alguma adesão um povo americano farto de ver morrer os seus soldados, farto de ver aumentar o desemprego, farto de ver imigrantes a ocupar os lugares ou trabalhos que julgam serem seus, enfim farto de uma politica demasiado conservadora e republicana que dura já oito anos.
Surgem aqui então as variações ou “nuances” que ditarão e elegerão o futuro candidato republicano: Giuliani representa a resistência e a luta contra o terrorismo, é a sua bandeira, é a sua cara e por isso mesmo pode ensaiar dentro do partido algumas jogadas já prevendo a verdadeira contenda que o poderá levar á casa branca. È de todos o que tem maior margem de manobra devido á sua popularidade e associação ao malogrado 9/11 e consequente luta contra o terrorismo. Ironicamente encontra-se também preso por anos de publicas convicções pró-imigração (que a Nação hoje procura desencorajar) e demasiado liberal em assuntos que o partido considera “sagrados”.
Senador McCain: Se Giuliani é a cara do 9/11 então McCain é a face do Iraque, um pouco de scwartzkophf do novo século e cuja oratória assenta mormente nos assuntos estratégicos americanos com especial relevo para o Iraque. Mccain representa a continuação, ou a defesa da Administração Bush com algumas modificações aqui e ali mas cuja estrutura apela á perpetuação das politicas Bushianas.
Governador Romney: È o grande rival de Giuliani, este massachutesiano parecido com o Ted Danson da série ”Cheer´s” aquele bar. È o Edward´s republicano, sem uma politica ou uma oratória definida mas com um grande poder de charme capaz de por si só decidir uma eleição. Representa um maior perigo para os democratas que para o republicanos fieis ás suas convicções e duras politicas. Terá como trabalho o de convencer os seus pares que não é mais que um Clinton Republicano.
Governador Huckabee: Faz lembrar visualmente o falecido Richard Nixon, o que pode ser bom ou mau evidentemente. Dá a noção de ser um tecnocrata, mais dado ao papel das tarefas que da diplomacia, no entanto sabe muito bem o que diz, o que faz e o que há para fazer numa América desmobilizada do seu moral. Tem a seu favor não estar preso a nenhuma convicção e de poder assim cativar os republicanos mais descontentes.
Por fim e the last but not the least : Ron Paul – O mais liberal dos republicanos, claramente voltado mais á esquerda e que pessoalmente me surpreendeu com a sua sagacidade nos comentários no ultimo debate. Não creio que seja escolha mas por certo deverá determinante na eleição consoante for deitando abaixo a argumentação dos mais sérios candidatos. O que sobreviver a Ron e aos efeitos Bush será o eleito á mais apetecida corrida do globo.
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home