Ainda sobre o concurso ...

Não obstante a apresentação dos 10 "candidatos" o programa foi incidindo aqui e ali em algumas questões curiosas acerca da composição da lista dos 100 mais votados. Não querendo sequer roçar em Salazar, assunto sobre o qual concordo em ser todavia muito cedo para que se possam assomar com clareza as conclusões, passo a expôr dois factos que me pareceram interessantes: Um tem a ver com as inumeras personalidades, mais de setenta por cento segundo creio, que não viveram nem neste nem o no seculo precedente. O segundo pela falta de representatividade nesta lista do sexo feminino.
Ora a meu ver , e ao contrário do que se passou na Inglaterra e frança pelo que percebi, em que a maioria dos componentes da lista eram contemporaneos ou pelo menos viveram no seculo passado, Portugal viveu no século XX um dos seus piores séculos da sua história no que respeita á autonomia de decisões em todos os seus campos. Se politicamente a precaridade da jovem republica cedeu a uma primeira necessidade de ordem e disciplina que impôs a ditadura esta mais tarde tornou-se a grande responsável pela oposição á inovação e ao desenvolvimento nacional em todos os quadrantes salvando-se daí um par de figuras por disciplina em todo o País o que ditou o empobrecimento cultural da Nação e dos seus filhos. Assim se explica a falta de figuras contemporaneas nesta lista portuguesa. Sendo que as que aparecem acabam sempre por ter alguma conotação politica , quando não são mesmo politicos por profissão. Reprimidos numa ditadura não surprrende que as grandes revoluções culturais do seculo surgissem apenas anos mais tarde por ca, filtradas o suficinte para não criar confusões. Daí que culturalmente as nossas referencias culturais deste seculo pareçam gotas no oceano quando comparadas com a magnitude de Nações como a França e a Inglaterra.
Quanto á falta de representatividade feminina esta é obviamente e por razões culturais até há bem pouco tempo universalmente instituidas um mal geral. Creio que haverá uma tendência a equilibrar os generos e mais do isso creio que este próximo século e porque será de facto o primeiro a ter uma participação activa em toda a linha da mulher será por isso excepcionalmente proficuo sendo de esperar que a lista dos 100 mais votados do próximo século seja maioritáriamente composta pelo antigamente conhecido por sexo fraco.
Espero mais que tudo é que Portugal tenha um futuro sejam homens ou mulheres a dirigi-lo só espero é qie se perpetue como ate ver se tem perpetuado.