Noves fora ...
Ouvi ontem já madrugada fora dois comentadores de um "novo" canal televisivo concordarem que o efeito Cunhal-Salazar pouca ou nenhuma influência teve no decorrer da votação para o concurso "O melhor Português de sempre". Os argumentos prendiam-se por não acreditarem que os partidários X ou Y persuadissem z para votar Salazar ou Cunhal. Concordo com efeito com estas afirmações. Discordo contudo quando se faz passar a ideia de ter sido uma votação livre de significado politico. Faço parte da primeira geração nascida após o 25 de Abril. E apesar de ás vezes ingénuo e incauto convivo e convivi com esta geração e as demais sucessivas tempo suficiente para perceber que são estas as que engrossam e de que maneira os 60 % da vergonhosa abstenção que se verifica País fora aquando das eleições e quer-me parecer que não serão estes mesmos cidadãos que se negam a votar quando a governação do País está em causa os mesmo que irão votar num concurso televisivo que pouco ou mesmo nada lhes dirá. Daí que o grosso da votação aferida pela organização do concurso tenha partido das geraçõe 35 - 40 para cima. Não sei a grandeza das votações uma vez que nos facultaram apenas as percentagens relativas mas apostava que não fossem por aí além. Primeiro porque eram caras. Depois porque não eram nada baratas. Verifica-se então que quem afinal votou foram aqueles que viveram e usufruiram das graças (porque as houve) do estado novo e aqueles que não concordando com este lutaram e deram a sua vida pelo seu fim. Os restantes votantes fazem parte da grande maioria daquels 40 % que realmente votam e que se sentem defraudados pelas sucessivas más governações. E foram estes mesmos que fizeram pender a balança, ao lembrarem-se de um tempo em que as dificuldades não lhes pareciam tantas acabando por votar em Salazar.
De 100 % ... noves fora ... nada.
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