segunda-feira, junho 09, 2008

O tempo e as vantagens .... e ... as vantagens e o tempo.

Barack Hussein Obama é nome de Presidente. Convenhamos que quem se candidata a futuro candidato á Presidência americana carregando um nome como este (Hussein: Por muito que seja comum lá no oriente) numa América pós 9/11 tem necessariamente tudo o que é preciso e que se pode pedir ao futuro líder do País que vanguarda o dito mundo livre ( e não fosse ele ter levado de vencidos a Grande Dama e o seu marido, tão somente o mais popular dos últimos presidentes americanos) ... Mas não são todavia favas contadas. A dura batalha travada pela "Dama de Ferro" americana antes de ceder o seu apoio trouxe-lhe alguns dissabores. A começar por aqueles que perdido o seu candidato predilecto se mostram mais favoráveis a votar no adversário do que no seu rival partidário. Soma-se a este factor a crescente insegurança dos ainda muitos indecisos que com o evoluir do combate democrático testemunharam algumas das fraquezas do ainda senador do Illinois que não conseguiu evitar que se pusesse a nú a sua pouca experiência em algumas matérias.
Conclui-se assim que o grande vencedor das primárias foi Jonh McCain, contudo há que contar ainda com 5 meses de campanha, esta agora mais a sério e profissional, e que o tempo que até agora ajudava o candidato republicano joga agora em seu desfavor.
A verdade é que o tempo passa e ajuda a esquecer algumas das debilidades do Democrata, mas á medida que esse mesmo tampo vai passando e infelizmente para todos a verdade é tambem que continuamente e diáriamente vão morrendo soldados americanos no Iraque, que diariamente a economia americana se torna mais deficitária, e que também diáriamente todos os pontos fracos dos ultimos 4 anos de governação Bushiana se irão tornar mais evidentes e realçados até ao dia da eleição.
Falta saber se será o tempo suficiente para mascarar e cicatrizar algumas feridas graves herdadas da campanha interna de Obama.

Nadal esmagou Federer. Categórico. Em três parciais e no último a zero. Se tempo não falta ao espanhol, tem apenas 22 anos, ele nunca interessou a Federer. De facto o Suiço nunca precisou de prestar contas ao tempo tal o seu talento e potencial e que o superiorizou naturalmente em todas as superficies... menos numa: A terra batida, mas que se julgou ser sempre apenas uma questão de momento. O helvético com todas as suas vantagens nunca previu que o "panzer" espanhol jamais claudicasse e que ainda por cima viesse a melhorar significativamente, não só na sua superficie de eleição com tambem e a olhos vistos nas outras. Se o tempo corre em favor do espanhol, corre tambem contra o suiço que se encontra no topo da forma ( entre os 28 e 30 anos ) mas que compete com um Nadal num sepre crescendo de forma ( Será possivel evoluir mais fisicamente !? ) e de técnica. Federer vê assim escaparem-se as últimas oportunidades de vencer Roland Garros ( e se não for Nadal , Djokovic já dá provas de quem pode bater bem o pé ao Número Um) e isso notou-se bem nesta última final, onde mais que o aspecto fisico e técnico, preponderou o efeito psicológico de quem nunca precisou do tempo para se impôr mas que se encontra agora á sua mercê para poder fazer História.
È que para Federer já não há tempo para dar tempo ao Tempo. E isso reflecte-se ... muito.