terça-feira, fevereiro 03, 2009

Ready to Play ...


O betão austero e cinzento baqueava sempre e toda a vez que a bola ali caía.
Era a redonda, feita de vontade quem implacavelmente limava as agudas arestas daquele bunker desportivo.
Os gritos umas vezes cabeludos outras tantas mais limpos que um Porshe de um qualquer totó, alinhavam-se nos recantos frios e escuros das pesadas vigas de betão que revestiam de perene segurança a atmosfera daquele pavilhão.
O maestro ou maestrina melhor dizendo, desta caótica orquestra comportamental, era aqula frágil rede que serena adornava o circulo vermelho do fogo das emoções.
Era sob a sua batuta ou ondular que as multidões ou massas se descompunham nas bancadas em gestos de louco amor ou ódio consonante esta acariciava ou não as curvas da indómita bola que ali se esforçavam (em vão ? ) por acertar.
Eram por isso rígidas e frias as paredes deste pavilhão. Para não contagiar. Para que não fossem aqueles devaneios temporários afectar os demais e ocupados Humanos nos seus fundamentais afazeres diários que jogam e ditam o futuro da redonda. Da esfera. Do planeta. Dessa redonda achatada que teimam em nunca mais acertar.