BE- Blues de Esquerda

Com a nova maioria confortavelmente instalada na Assembleia , uma pergunta fica no ar : o que fazer com os 7 ou 8 nem sei , deputados do Bloco de Esquerda durante os debates da Nação. Dado o seu discurso monótono e o seu conteúdo obsessivo por umas quantas matérias , sugeriria a formação de uma banda de jazz que actuasse nos intervalos poupando assim tempo aos seus colegas de bancada. O jazz sendo ele a voz da revolta dos negros numa América segregada , seria o veículo ideal para Louçã e seus pares atraírem de vez alguma atenção para as suas intervenções. E de Negro tudo tem este BE , desde o humor , ao livro negro do comunismo , acabando no futuro que nos auguriam , tudo é negro nesta visão dita esquerdista , mas mais propensa ao apocalipse. Assim propunha desde já que começassem a apurar os seus ouvidos ( algo inédito nos bloquistas , ouvir os outros !) atraves desta insólita mas ao mesmo tempo harmónica terapia. Assim propunha Luiz fazenda para o piano ( inicialmente e dado o caracter de Lider de banda , este deveria ser o lugar de Francisco Louçã , no entanto a sua propenção para o " estar sempre a bater na mesma tecla" relegou-o para a unica solução disponivel : os ferrinhos ) tarefa que lhe assenta que nem uma luva , pois ás incontornáveis lamentações a que já nos habituou , concília um discurso multiforme , que percorre muitas vezes toda a escala de lamúrias e histerismos , possiveis só em alguem cuja criatividade excede em muito a dos seus parceiros de banda. A Rosas fica entregue o papel da logistica , que é o de prover material ( sem comentários ! ) e já agora o papel tambem , de inspiração para o resto da Banda. Ana Braga seria a vocalista e tambem responsavel pela guitarra, já que não se cansa de propalar que todos andam " a tocar viola " em vez de serem uteis para alguma coisa. Que tambem não se esqueça ela da sua utilidade e que não desafine , não vá ela acordar algum representante do povo da sua mais que merecida sesta no exercicio das suas funções ao serviço da Nação.