sexta-feira, março 28, 2008

A água das pedras

Com o País imerso numa crise generalizada que nem o sulfuroso (Sílica) betão consegue dissolver, veio da água uma das soluções para combater o acentuar do dilúvio. A água das pedras que por assim dizer nos irá ajudar a digerir este cenário de estagnação económica e que se prevê, caso a Espanha não consiga uma resposta adequada e a tempo, para uma boa temporada, terá por base a construção, manutenção e rentabilização dos recursos hídricos, predominando aí na escolha: as barragens.
A meta estipulada de 20 anos para a conclusão de todo um projecto que prevê entre construção, reabilitação e activação de cerca de 20 barragens parece ser a indicada para que não se tome esta agua como um tónico milagroso para o evanescer da crise ou como tábua de salvação de um sector que começa a agastar-se com o demorar da retoma, mas antes como um objectivo claro, independente do actual momento económico, de que as energias alternativas são e serão um futuro a que não podemos escapar. Seria no entanto desapontante se não se aproveitasse aqui a oportunidade e acoplar a todo este mega -projecto a sempre nobre função de purificar os rios, fazendo do todo um Real Projecto Hídrico com o objecto de devolver a água a devida atenção ao seu papel (que é! É bom não esquecermos isso.) determinante na vida Terrena.
Como ultimo País desta Península, bem como do Continente, restando-nos o Mar como companhia, recebemos (ou poderemos vir a receber) via fluvial todo o tipo de lixo que os Espanhóis decidirem evacuar. Compete-nos a nós e para bem da nossa saúde ser neste campo, o do estudo das águas, os mais evoluídos, capitalizando esse conhecimento nos restantes Países Europeus tão abalados por esse mal evolucionista que é a poluição.Está-se no momento ideal para no dizer das novas gerações: “Aproveitar e ir na onda”, e fazer desta oportunidade uma verdadeira terapia “hidro-mental”, um baptismo a uma nova mentalidade que fará dela uma medicinal água das pedras para a nossa economia, sem que se volte a precisar de novas “danças da chuva” para a resolução de novos mas sempre mesmos problemas.