quinta-feira, julho 24, 2008

The Gayfather

Estalou o verniz ( é mesmo assim, não tem outro jeito) de novo entre a Igreja Católica tradicional e a sua dissidente Anglicana, tudo porque esta última pretende passar a assimilar e ordenar membros de orientação assumidamente homossexual. Ora eu não tenho nada contra os homossexuais, embora francamente seja ainda e infelizmente um pouco homofóbico, creio aliás que todo o heterossexual desconfia no intímo que o seu próximo possa realmente ser um homossexual, até prova em contrário esse receio mantém-se, infelizmente tambem me parece ser esse um facto. Sou tambem um católico, um crente, e practicante até. Não vejo no entanto qual o problema da ordenação de um qualquer padre ou bispo gay se por inerência da profissão de fé todo o ordenado se sacrificará na abstinência sexual. Faz parte da vocação, faz parte do ofício pelo que não interessará minimamente o facto do padre ser ou não ser homossexual.
Todos nós desde tenra idade somos atraídos por um sexo ou por outro, independentemente de anos depois virmos ou não a ser confrontados com a vocação divina pelo que obviamente todo o clérigo que não sendo homossexual é necessáriamente heterossexual o que não significa em nada que seja mulherengo ou pior. Até aqui tudo bem, o pior é que a igreja Anglicana permite e a meu ver tambem muito bem que os seus membros se casem e constituam família, o que na admissão ou assunção de ordenados homossexuais se torna um grande e evidente conflicto. Apesar de ter todo o respeito por toda a comunidade homossexual não concordo em nada com a ideia ou conceito do casamento homossexual nem com a possivel adopção de crianças por casais do mesmo sexo. Que me perdoem aqueles que de facto seriam uns pais exemplares mas não estou preparado para um tal estado de evolução (Creio que de maneira geral seria mais uma forma de vitimizar as crianças ainda que protegidas na redoma do lar) e que por inerência de igualdade os ordenados Anglicanos poderiam e muito bem vir a reclamar.
Estamos assim perante um dilema que, suspeito, nos acompanhará ainda por largos tempos, até que por fim se entenda o sexo como parte de nós, humanidade, e não como sórdida e luxuriante monstruosidade.