Trabalhar faz Mal (4)
Finalmente... um papel!
Entretanto, como não houve esclarecimentos da parte da senhora doutora Toriello, o consulado resolveu apoiar-me na apresentação do caso à reitoria da universidade.
Cerca de uma semana depois sou chamada ao gabinete do presidente da faculdade (que ainda não conhecia). O senhor presidente informa-me de que ao contrário do que estava previsto inicialmente (2 contratos de 23 horas cada), a faculdade só me podia dar um contrato, devido aos grandes cortes orçamentais a que foram sujeitos por parte do governo. Ri-me. Senti-me até feliz. Pensei: “Que se dane! Estou livre!”. Informei o senhor presidente que nesse caso já tinha cumprido o meu contrato, pois já havia leccionado 23 horas de aulas e questionei-o acerca da celebração do contrato, uma vez que este já estava findo. O senhor presidente quis descansar-me, disse-me que o contrato já estava pronto, precisava apenas de perguntar aos seus funcionários da secretaria por ele e ficou com o meu número de telemóvel, prometendo contactar-me brevemente.
Divertida com o que me tinha sido acabado de comunicar e por todo o insólito daquele mês de Março, sorria a imaginar a conversa que se seguiria com a minha chefe, quando a informasse que, uma vez que o meu contrato estava concluído e que não me davam mais nenhum, iria regressar a casa. Assim foi. A senhora ficou indignadíssima comigo. Disse que não esperava ser assim tratada e que tudo tinha feito por mim. Disse que já tinha outro contrato para me fazer há algum tempo, noutras condições e sendo-me dado dinheiro para me sustentar. Mostrando-se magoada comigo, disse-me que agora era ela que não queria trabalhar mais comigo. Eu respondi “muito bem, compreendo-a, não há qualquer problema quanto a isso”, resposta que claramente ela não tinha esperado; tanto que, antes que saísse, ela me disse para não dizer nada e que me dava alguns minutos para pensar na sua proposta. Aceitei-a, uma vez que desta vez me seria feito realmente um contrato e – supostamente – me dariam dinheiro de imediato. O mais engraçado de tudo isto é que estive um mês sem ter um contrato e naquele mesmo dia trataram-me de tudo.
Nota: As crónicas “Trabalhar faz Mal” relatam factos verídicos. Todas as pessoas e situações mencionadas são reais.
A Instituição visada é a Faculdade de Línguas e Literaturas Estrangeiras da Universidade de Bari (Itália) e a responsável pelo departamento de Língua Portuguesa é a Prof.essa Fernanda Toriello.
Já que legalmente nada se pode fazer em relação ao que aqui vai sendo relatado, pede-se que divulguem estes textos, o mais possível, a todos os professores de Língua Portuguesa que conheçam, de modo a evitar que outros colegas passem pelo mesmo.
O meu muito obrigada.
Cerca de uma semana depois sou chamada ao gabinete do presidente da faculdade (que ainda não conhecia). O senhor presidente informa-me de que ao contrário do que estava previsto inicialmente (2 contratos de 23 horas cada), a faculdade só me podia dar um contrato, devido aos grandes cortes orçamentais a que foram sujeitos por parte do governo. Ri-me. Senti-me até feliz. Pensei: “Que se dane! Estou livre!”. Informei o senhor presidente que nesse caso já tinha cumprido o meu contrato, pois já havia leccionado 23 horas de aulas e questionei-o acerca da celebração do contrato, uma vez que este já estava findo. O senhor presidente quis descansar-me, disse-me que o contrato já estava pronto, precisava apenas de perguntar aos seus funcionários da secretaria por ele e ficou com o meu número de telemóvel, prometendo contactar-me brevemente.
Divertida com o que me tinha sido acabado de comunicar e por todo o insólito daquele mês de Março, sorria a imaginar a conversa que se seguiria com a minha chefe, quando a informasse que, uma vez que o meu contrato estava concluído e que não me davam mais nenhum, iria regressar a casa. Assim foi. A senhora ficou indignadíssima comigo. Disse que não esperava ser assim tratada e que tudo tinha feito por mim. Disse que já tinha outro contrato para me fazer há algum tempo, noutras condições e sendo-me dado dinheiro para me sustentar. Mostrando-se magoada comigo, disse-me que agora era ela que não queria trabalhar mais comigo. Eu respondi “muito bem, compreendo-a, não há qualquer problema quanto a isso”, resposta que claramente ela não tinha esperado; tanto que, antes que saísse, ela me disse para não dizer nada e que me dava alguns minutos para pensar na sua proposta. Aceitei-a, uma vez que desta vez me seria feito realmente um contrato e – supostamente – me dariam dinheiro de imediato. O mais engraçado de tudo isto é que estive um mês sem ter um contrato e naquele mesmo dia trataram-me de tudo.
Nota: As crónicas “Trabalhar faz Mal” relatam factos verídicos. Todas as pessoas e situações mencionadas são reais.
A Instituição visada é a Faculdade de Línguas e Literaturas Estrangeiras da Universidade de Bari (Itália) e a responsável pelo departamento de Língua Portuguesa é a Prof.essa Fernanda Toriello.
Já que legalmente nada se pode fazer em relação ao que aqui vai sendo relatado, pede-se que divulguem estes textos, o mais possível, a todos os professores de Língua Portuguesa que conheçam, de modo a evitar que outros colegas passem pelo mesmo.
O meu muito obrigada.
2 Comments:
Parece quando vamos a uma repartição pública das finanças pedir um papel e dizem-nos para passar lá passados 15 dias... quando lá chegámos podemos reparar que o papel que entregámos preenchido JÁ ESTÁ CARIMBADO E RUBRICADO!! Há tanta merda que podia ser resolvida na hora, mas as pessoas... só têm merda na cabeça...
;)
pois... o pior é que o pagamento desse contrato não foi feito na totalidade e que o outro contrato também não foi feito...
Quanto à repartição de finanças... isso é outro episódio... aguarda! ;p
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