Roger Federer

Deve ser chato ser Roger Federer hoje em dia. Sem desafios. Sem nada a provar. Sem gozo. Apenas o alegre desfrutar de uma mais que certa aposentadoria com uns anos de avanço.
Não há mais dúvidas e poucas haviam até hoje, que depois da eliminação de Nadal o titulo do Australian Open já está mais que entregue. Robredo por momentos ainda fez o suiço estremecer, mas foi sol de pouca dura, estranha expressão para um evento num país como a Austrália. O Helvético bem pode orgulhar-se da sua histórica neutralidade porque hoje e nos courts por esse mundo afora encarna na perfeição a indiferença da sua pátria. Andy Roddick parece ser o senhor que se segue. Eficaz em terrenos rápidos o americano poderá ver aqui a oportunidade para fazer história ante um "number one" sem rival que poderá ser surpreso perante uma réplica que até agora se escusava de aparecer. Federer joga sem nada a perder. O que poderá ser uma grande vantagem para o americano.
Deve ser muito chato ser Roger Federer hoje em dia.