quarta-feira, junho 06, 2012

A não perder

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quarta-feira, julho 06, 2011

Estamos Lixados

As agências internacionais de rating entenderam ( e por este entender, interprete-se que finalmente perceberam mesmo o nosso panorama financeiro) classificar o nosso País como lixo.
Anos de Engenharia financeira, a insuflar zeros e mais-valias em verbas imaginárias tinham que redundar nisto.
Andamos rodeados de números, de zeros, derrapados de serviços descabidos e de obras inúteis. Zeros fantasma que apareceram do nada. Muitas vezes do nada literal.
Engrossam as nossas contas públicas, e pairam despreocupados nos orçamentos de estado á espera de um pretexto ou subterfúgio que os amarre a uma pretensa realidade.
São estes zeros, que se percebem agora á esquerda, que amontoados num todo se revelam hoje, qual iceberg, no lixo financeiro que acumulamos.
Convenhamos, vivemos num País que realmente não produz nada, ou melhor, produz … Mas produz pouco para tanto zero per capita.
A questão que se coloca no momento é como rentabilizar estes tantos zeros que nos assolam o dia-a-dia.
Diz a Matemática, que não costuma errar salvo a nossa, que aplicando ou adicionando uma unidade á esquerda de cada zero, este se torna potenciador desta, elevando-a a uma outra natureza.
O problema maior neste País, reside que por unidade, que se deveria entender por integridade, sacrifício comum, etc… enfim como um TODO , entende-se por cada um. Ou seja cada qual por cada qual, o que compromete a solidez do conceito de integral, que promove a multiplicação (acumulativa) dos zeros, em vez de se esvaírem e sumirem nos bolsos de algumas unidades típicas do empreendedorismo nacional.
Antes de resolver o problema matemático que este era nos oferece é necessário pois resolver a questão semântica do conceito matemático que está por trás dela.
Trata-se de uma questão, neste caso, de lixar (enão limar) as arestas.
Enquanto a mentalidade (e não a Matemática) não perceber a unidade como um integral capaz de se exponenciar por todos e quaisquer zeros que se deparem … Continuaremos sempre a ser um País de Zeros á Esquerda.

terça-feira, julho 05, 2011

(Sem)strução

Instrução. Foi este sempre o motor da civilização. O conhecimento e sua aplicação práctica no quotidiano. Portugal viveu neste último século, iludido nos prefixos deste dínamo evolutivo. Primeiro parado na (Ob)strução, ditada pela conscienciosa ditadura Salazarista, depois e COM a revolução dos cravos, obstinado na dissimulada (Con)strução que seria o pilar da nossa economia pós 80. Vivemos hoje as consequências desses tempos, em que o importante era ter e (CON)ter o que fazer. Gastamos milhares, e milhares de contos, e outros tantos milhares, e milhares de euros COM auto-estradas, COM estádios, COM pontes e super-pontes, COM barragens, enfim COM tudo que se CONtivesse no ideal CONstrutivo do País. Tudo porque décadas de uma ditadura autista nos deixou completamente SEM rumo, SEM futuro, SEM literacia, SEM desenvolvimento.
Há um ditado que diz: "Dá Deus Nosso-Senhor, nozes a quem não tem dentes ... e dentes a quem não tem nozes!" E a nós(es) não nos faltaram as nozes ...vindas directamente dos fundos europeus, vieram nozes para todos os feitios.
Vieram nozes que foram tragadas, dilaceradas, por falta de dentes para as abrir e retirar o fruto que interessava.
Vieram nozes que foram enterradas e que no seu desuso acabaram apodrecidas, por falta de quem as soubesse plantar.
Vieram outras tantas nozes que foram arremessadas, lançadas fora, com a pressa e a promessa de um novo e maior carregamento para breve.
E vieram tantas as nozes que todos pensamos que assim seria para sempre.
Finalmente chegaram os dentes, fruto do dúbio augúrio do ensino público. Dentes primeiramente de leite, e agora, hoje neste milénio, já com a determinação dos definitivos. Dentes que rilham e raspam-se constantemente uns nos outros ... imagine-se … por falta de nozes.
E é isto, simplesmente isto que define a História: O Saber viver COM … quando há e se tem … E o Saber viver SEM … Quando não há , nem se tem …
Vivemos anos num País de CONstrução e sem instrução para desaguarmos num País COM Instrução e … (SEM)strução… Enfim … Eis o fado se um País sem direcção.

quarta-feira, junho 15, 2011

And now for something completly different ...

Sexto sentido


Quarta feira (00:00 - 02:00)

"...Não acredito que tenha sido ele a escrever aquilo! ... "


Mas foi ... Nunca duvides disso !!!!

segunda-feira, janeiro 31, 2011

Pe(n)so ... Logo existo !

E o peso das palavras,
Ali,
Bem por cima das emoções,
Emanado como um perfume ...
Na leveza sibilante das palavras ...
E no entanto ...
Tão contundente ...
Tâo esmagadoramente verdadeiro em toda a sua incomensurável essência ...
Adoro-te ...
Liberta-se dos meus lábios ...
Com todo o seu inteiro e devido peso ...
Nem a mais ... Nem a menos ...
Pleno ....
Propriamente Pleno ...

terça-feira, dezembro 07, 2010

PCF

Veio o tempo ...
E roubou-me o ânimo, as recordações e os muitos momentos ...
Levou-me, Indiferente,
as aspirações, os sonhos, as vitórias por experimentar,
Os timidos sorrisos que esperavam por nascer ...
Chegaste ...
E borrifaste-lhe o teu encanto ...
Aturdiste-o ...
Com a tua impar graciosidade,
Com o teu meio termo acelerado ...
Com esse relantir levemente afogueado...
E que de ti por vezes ronca ...
Com essas roscas lentas ...
Com que se afirmam os teus caracois ...
Que te cobrem ... e Desvelam ...
Consoante o ânimo com que crepitam ao sabor da tua deriva,

Veio o Tempo e ficou-se
Inebriado ... Encantado ...
Derrotado

Vencido pela tua sensual delicadeza
Vergado pela tua doce presença
Subjugado pela tua indomavel beleza ...

segunda-feira, novembro 01, 2010

D2

Se há algum jogo no mundo que expressa a realidade da paixão … Esse jogo é o Poker … O jogo, e principalmente o poker, existe para os apaixonados … para aqueles que não tomam o retorno como um ponto de partida… Para aqueles que jogam pela vontade de criar… de pertencer … de integrar … pela vontade de amar… e partilhar todas as emoções nele (jogo) imbuídas ….È impossível jogar poker sem o recurso ao Bluff … O poker sem bluff … é como o amor sem poesia … sem esse elemento catalizador das emoções que constituem a vida … o poker torna-se uma estatística tão entediante como a previsão do tempo.
O bluff é a arma letal de todo o jogador … è ele que nos glorifica e destrói numa questão de segundos … è ele que nos potencia … Que nos impele para as decisões mais estapafúrdias e absurdas … Que nos desafia … Que nos faz evoluir … caminhar seguros em terrenos tão movediços que nem uma folha flutua … O bluff é o sonho … a aspiração máxima da nossa voz interior … A reacção imediata de um grito intrínseco que clama por amor …
O bluff é a vontade de construir … de materializar por momentos todo o ideal platónico que nos rodeia e roça … de o respirar compartilhado, mesmo que por breves instantes com os restantes … E de o sentir ali presente a carburar… perfeitamente sobreposto a uma realidade quase sempre desanimadora …
O bluff é a verdadeira verve … é a vida por viver …
Nada é mais difícil no poker do que joga-lo com uma mão conhecida … castrada da sua potencialidade e do seu inerente bluff …
Por vezes … penso que toda a gente conhece o meu jogo … e no poker, como na vida, sem o bluff nada mais somos que um baralho de cartas mal distribuído …
Viver sem bluff (leia-se sem amar) … é respirar mecanicamente … ao compasso caótico de um mundo sem Autoridade, Sentido ou Estrutura …
Ontem tive uma mão de dama e duque … Não bluffei … Fodi-me (perdão … mas a emoção do jogo sobrepõe-se á razão da educação ) …
Hoje … Passei …
Amanhã é outro dia …
Outro jogo ...