domingo, novembro 29, 2009

The wild west


Pendular


sábado, novembro 28, 2009

Sobredatado

Em Portugal não existem sobredotados. É um facto. Um indesmentível facto. Não há ningem neste país que possa alguma vez alcançar essa inatingível categoria de capacidade humana.
É impossível alguem neste País pôr em causa o institucionalizado divino Saber, doutrinado País fora por todas as nossas excelsas universidades, apenas e só por que possa eventualmente pensar que pensa um pouquinho mais além. Como se séculos de Doutos Professores, professos ás suas doutrinas e conhecimentos, ensinados de geração em geração, alguma vez na vida pudessem estar errados, e caso alguma vez essa impensável situação acontecesse, não fossem os próprios Doutos senhores do Saber, os primeiros a descobri-lo. Ser um sobredotado em Portugal é uma impossíbilidade. A ideia de aprendermos por nós próprios é uma declarada utopia. Mais. Um despeitado desrespeito por todos aqueles que por décadas se esforçam por imiscuir nos seus pupilos anos de ensinamentos, técnicas e axiomas que tanto trabalho lhes deram em aprender e desenvolver. Aqui não há espaço para os autodidactas. Há casos, é certo, de pessoas que aqui neste País não deram nem aprenderam nada e que depois emigrando para Países como os EUA ou Inglaterra se converteram num êxito, chegando mesmo a seresm rotulados de sobredotados. Mas isso são outros Países, como os EUA. Países ricos onde as condições de apoio e infraestruturas disponiveis para os seus são determinantes no seu sucesso. Aqui em Portugal só o dinheiro que seria preciso esbanjar nessas mariquices da investigação, de estudo, de teorizar por vezes conjuncturas completamente improváveis, com a consequência maior de abalar todo um Ensino Intitucional já devidamente creditado por anos de estavel Conhecimento, ensinado e acessível apenas a uns quantos favoritos, préviamente escolhidos e triados dos nossos mais dotados valores académicos seria um desperdício. Não temos efectivamente condições para sobredotados. Não podem existir sobredotados. Causaria o caos entre toda uma estrutura de pensamento e abriria um precedente maléfico em que qualquer um, sem que realizasse qualquer tipo de sacrificio ou esforço pessoal poderia aceder livremente a esse idílico estado de consagração e admiração que tantos, valorosos dotados, se esforçaram ingloricamente por alcançar. Lançaria assim de forma irrevogável a dúvida sobre o mérito, que como se sabe é a força motora de toda a sociedade, principalmente a nossa. Mérito que curiosamente são os próprios Países desenvolvidos os primeiros a dar, aqueles pretensos sobredotados aqui, que para lá se dirigiram em busca de uma oportunidade. Mas aí já não há o Mérito. Mérito para ser mérito tem que ser suado. E lá, as condições são outras. E o mais comum é ouvir-se depois dizer : " Pois sim, tambem eu com aqueles equipamentos todos fazia a mesma coisa ... " ou "Pudera ! Com a papinha toda feita ... Assim tambem eu! ". Pelo que apesar de lá fora serem reconhecidos como sobredotados, o que ajuda e muito estarem num País em que basta nascer para se ser naturalmente dotado, o que é evidentemente meio caminho andado para se ser sobredotado, para nós, e para a nossa realidade e a que o nosso País dispõe, não passam de sobredatados. Ou "has been". Do género : "Ahhh ... Quando cá estava e nas condições em que estava ... até que lhe dava valor ... agora assim ... com tantas facilidades ... até o meu filho de 6 anos o faz. ". Ou se ficam por cá e não atingem o potencial esperado : " Quando era novo ainda era irreverente ... Agora já deu o que tinha para dar."É um fenómeno conhecido como os sobredatados. Aqueles que fora alcançam esse patamar platónico da sobredotação mas que na realidade não passam de frustrados, uma vez que as suas realizações se baseiam apenas no valor das superetruturas que os suportam.
Em Portugal, País orgulhosamente ecléctico, justo, onde a noção de mérito pessoal, leia-se muito suor e pestanas queimadas, é um requisito obrigatório, não poderá haver nunca sobredotados. Quando um houver este terá, como consequência da sua manifesta superioridade, que logicamente terminar de vez com todas as dificuldades do País, como a fomee a Sida por exemplo, e prever tambem todas as intempéries que se avizinhem.
Já sabiamos que eramos um País com os dias contados, só faltava mesmo confirmar que somos e seremos todos no máximo uns meros sobredatados.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Black Trinitron


segunda-feira, novembro 23, 2009

Smile ...


domingo, novembro 15, 2009

Cê Erre Nove.

Há coisas que são, mesmo sem o parecerem á primeira vista que de facto o são, e há tambem coisas que não o são, sendo que á primeira vista o deveriam ser. A letra Cê, que se lê, quê, é um bom exemplo disso e que hoje no inferno da luz se realizou no fenómeno, que é esse 100 milhões deambulantes e que se denomina qual marca registada por CR9, Cê Erre nove, siglas essas que poderão muito bem hoje em dia significar, Cê - Sentado ; Erre - Resolves ; 9 - Novamente.
E há as coisas que não o são, embora tudo indicasse que o deveriam imperiosamente ser, como o facto desses 100 milhões agora não deambulantes mas sentadinhos na bancada, serem, por força de ser considerado actualmente o melhor jogador do mundo, imprescindível ao onze da selecção.
Não é que não concorde que o Cristiano ( O CR9 já é domínio da economia) é inegávelmente um dos melhores do mundo, mas há que constatar que a selecção não pode ficar na expectativa que o Ronaldo de um momento para o outro resolva tudo. Tem que lutar. Parece existir a ideia de que com o Cristiano em campo se alguem tomar algum protagonismo está de alguma forma a desrespeita-lo. Quando de facto ao faze-lo está a desrespeitar isso sim, a camisola.
A meu ver, na selecção o único que resolve é o Bruno Alves, para bem e para mal, está sempre lá, a dar tudo por tudo e a respeitar todos aqueles que sofrem na bancada pela camisola das quinas.

sábado, novembro 14, 2009

7,4,2

Eram 7 mas podiam ser 4, ninguem sabe ao certo. Certo é que não deveriam ali estar. Mas estavam. E era tão certo estarem ali como após o dia surgir a noite. O que os 7 faziam, se é que realmente não eram 4, ninguem soube, aliás ninguem poderia saber, até porque desses 7, contando que não eram 4, 5 nem sequer sabiam que lá estavam, se é que lá estavam, os 7, ou os 4, ou somente os 2 que caso alguma vez lá estivessem saberiam que lá estavam. Sabe-se e é comprovado, por várias fontes entre as quais esses 7 ou 4 ou 2, que não podiam lá estar, porém, tambem é certo, que esse 7 ou 4 ou 2 se alguma vez lá estiveram nunca o poderiam revelar, daí que esses 7, 4 ou 2 ou as várias fontes possam estar equivocados, ou não, porque é certo que lá estiveram, os 7, ou 4, ou os 2 mais os 5 que não sabiam que estavam. Mas estavam porque os outros 2 afirmam que esse 5 que não sabiam que lá estavam, estavam. E esses 2 lá estiveram. Dizem eles, os 2 que dizem lá estiveram e que sabiam de facto que lá estavam, no entanto os outros 5 que se lá estavam não sabiam que estavam, dizem que não estavam quando eles, se é que alguma vez estiveram, lá estavam. Daí que a estar, só poderiam ter estado 5, ou 4 segundo o primeiro relato, que não foi um relato, mas sim uma uma suposição. Nem sequer uma suposição, porque dos 7 ou 4 ou 2 que possam lá ter estado, não há relato que algum alguma vez tenha suposto. A não ser que aqueles 5 que lá estavam sem saber que estavam, supondo que efectivamente estavam, fundamentassem essa suposição. Mas assim supondo, essa suposição seria realtiva aos 5, os que lá estavam ser saberem que estavam, e não aos 4 que supostamente lá estavam, pelo que a suposição não poderia ser aplicável. Daí que a única certa e inegável é que a lá estarem , seriam 7. Ou 4. Ou 2 uma vez que os 5 se lá estiveram não saberão nunca que lá estavam, nunca lá deveriam alguma vez ter estado.

domingo, novembro 08, 2009

A sentinela estelar


domingo, novembro 01, 2009

Os Pica-pedra

Quem Sábado esteve na pedreira viu que o Sporting de Braga de hoje, já não tem nada a ver com o tímido Braga que deambulava pela tabela da 1.ª divisão nos idos anos de 90. O Braga da altura, completamente avesso ao Sporting que tambem o denominava, muito por culpa de uma massa adepta que se dividia pelo vermelho local e pelo o outro encarnado, este da capital, o do Benfica (tanto que se fazia de Braga, cidade, o bastião do Benfiquismo no norte), adversário de ontem que confuso sentiu na pele pela primeira vez todo o efeito de uma completa revolta da mentalidade e realidade futebolística da região.

Se alguma dúvida havia quanto á dispersidade do apoio na noite mágica de ontem, ela ficou completamente desvanecida mal a equipa Lisboeta entrou em campo e foi recebida com uma louca e insana fúria de assobios, qual ex-amada recebida após conflituoso divórcio.

O minuto sete trouxe a confirmação de uma ruptura anunciada e a partir de aí e infelizmente todos os ressentimentos, conflictos internos e outros sentimentos mal resolvidos vieram á flôr da pele para se transformarem num ódio gratuíto e imbecil.

Àparte desse incontrolável ìmpeto que se estendeu aos relvados no intervalo, o jogo até foi muito bem disputado e nas bancadas a voz dos indefectos adeptos das águias acabaram finalmente por sucumbir ao ritmo infernal das baquetas improvisadas dos cartões publicitários de uma companhia de seguros e que fazem dos adeptos minhotos os pica-paus neste caso, ou pica-pedras dada a localização do estádio, da 1.ª Liga Portuguesa.

E pica-paus tambem no relvado, pois a dupla de atacantes Augustos não descansa enquanto não marcar a diferença.

Falta apenas à equipa assegurar a preserverança dessa ave tão castiça para derrubar todos os obstáculos ao almejado título.