segunda-feira, março 27, 2006

Programa FOME ZERO em Angola

blo(arghhht)g

Na passada sexta-feira acordei às 6 da manhã (hora local). Não o fiz por querer observar as cambiantes da luz matinal. Acordei porque ouvi um burburinho vindo da rua que era entrecortado por uma voz feminina que parecia dar ordens. Pensei que fossem as vendedoras de rua a disputar um qualquer local de venda e deixei-me estar na cama. A decisão de levantar o cu da cama a estas horas segue-se, no geral, a um de dois acontecimentos:


os tiros são mais do que três ou

a discussão arrasta-se e sobe de tom

Tiros não houve mas o tom da discussão subiu exponencialmente eliminando qualquer dúvida... alguém estava a ser espancado.
Quando cheguei ao terraço pude observar a multidão divertida com o espectáculo de um tipo a ser chicoteado com um pedaço de mangueira. Não vou maçar-vos com os pormenores do espancamento, apenas vos adianto que, apesar de ter apanhado bem, não lhe partiram nenhum osso porque no final do episódio ele foi-se embora pelo próprio pé.
Ao ver que o segurança tinha saído do seu posto e tinha deixado o portão aberto decidi descer para assegurar que ninguém entrava em casa. Quando cheguei ao portão o segurança já tinha regressado ao posto
e o vizinho contava-lhe entretido os pormenores da história.
O suposto meliante foi detectado às 4 da manhã a comer na cozinha depois de ter tomado um duche. Como não sabiam
se ele estava ou não armado os donos da casa chamaram a polícia que o transportou para a esquadra onde lhe
"deu de comer". Na esquadra e segundo relato da polícia, ele terá alegado que não batia bem da pinha. Talvez
por poder ser verdade ou por outra razão qualquer a polícia decidiu libertá-lo... E aonde o foram deixar? Deram-lhe
boleia para casa? Deixaram-no simplesmente sair pela porta da esquadra? Naaaaaaaaa... Foram deixá-lo precisamente
em frente à casa que ele alegadamente invadiu!! Claro está que o esperava uma multidão ansiosa por lhe proporcionar
mais uma bela e farta refeição.
Assim podemos concluir que temos muito a aprender com as autoridades deste país.
A PIDE gabava-se de tratar bem os detidos: "...mal chegam damos-lhes logo de comer!"; ora aqui não só lhes
dão de comer (nem que sejam só umas entraditas) como também dão ao povo a oportunidade de manifestar a sua
solidariedade (normalmente traduzida numa farta refeição).
Viva Angola!!

quinta-feira, março 23, 2006

Post nº cem nada a acrescentar

100 , cem , sem ... e foi mesmo sem querer, ou cem querer , ou até mesmo 100 querer que se atinguiu este post cujo numero revela mais do á partida se poderia esperar. Cem , cem palavras muito podem dizer mas quantas e quantas vezes sem as palavras dizemos ainda muito mais? 100 , um digito ... um digito megalomano afogado na imensidão de zeros direitos que a nova era originou ... cem ... um digito sem expressão salvo quando escrito em palavra. E foinas palavras que este cem se fundou. De nada valem os centos de milhares de palavras que todos os dias se libertam desta nossa alma se não as ordenarmos rigorosamente sob a egide destas linhas sob pena de nos rotularem de loucos. De nada valem os pensamentos sussurados ao livre arbitrio do vento se não forem escrupulosamente submetidos a um propósito. E nem que este simples propósito seja o de um mero blog , este já constitui um fundamento para qualquer devaneio ou mera aberração ou puro embriegamento já que carrega em si o cariz de uma fugaz erudição. E já só isso nos basta ... o sentirmo-nos eruditos ... e não os pobres loucos que todos os dias sobrecarregamos a atmosfera com nossos centos de milhares de milhões de disparates. Porque nada muda ... 100 = cem ... (sem)pre que temos algo a dizer. Dito ou escrito ... 100 é SEMpre cem.

Estou ...?

Estavam ... pelo menos dizia-se que estavam. podiam não estar é certo, mas estavam, ou pelo menos estiveram. Numa palavra ... estariam. Para ser franco não sei mesmo se estavam... ou se não estavam ... poderiam estar. Se não estavam, já la tinham estado certamente. Senão ... estivessem. Eu estava. Já não sei se estou ... nem muito menos se estarei. Até porque aqueles com quem eu la estava já não lá estavam ... estavam outros que não sei se alguma vez la teriam estado ou se estavam apenas e só por estar. Houve muito que lá estiveram e que ja lá não estão. Outros que estão sem nunca lá ter estado. Outros ainda que estão sem saber que estão. E aqueles que estão mas não querem estar. Mais ainda aqueles que apesar de não estarem é como se lá estivessem. Eu estou ... ou deveria estar ... já não sei. Estarei enquanto puder estar...

terça-feira, março 21, 2006

nem fantasma nem ressabiada (porque as provocações são para se responder)

A pessoa mais triste do mundo mora numa casa onde nunca entra luz. Uma casa triste. Onde escorrem lágrimas bafientas das paredes. Onde todas as cores se transformam em cinzento. E os risos não são risos, são murmúrios azedos. Não tem janelas nem música. E o silêncio não tem nada lá dentro. É pura ausência.

quarta-feira, março 15, 2006

Senhor Blog

... e porquanto este blog se mantiver em profunda reflexão recomendo isto ... de um cigano que é um autêntico senhor .

terça-feira, março 07, 2006

Porque tarda o Plano Tecnológico ...

Eis um exemplo , alias um péssimo exemplo, mas enfim alguma coisa tem que se dizer acerca da materia sob pena de nos acusar-mos de falta de interesse do porque do tão propalado Plano Tecnológico tardar.
Recentemente e devido a minha intrinseca inercia e inepcia ( a maior parte das vezes a ultima ) que impedem uma diária actualização deste blog ( para o bem ou para o mal ) resolvi convidar 5 ilustres amigos que esperava eu que reanimassem o pulsar ortografico deste espaço. Acontece que até hoje e salvo a excepção da estimadissima Gina, recentemente destacada para a terra natal da nossa Latinidade, nem uma linha estes estimados ressabiados da sociedade moderna aqui postaram.
As parecenças deste facto com o Plano Tecnologico ( que segundo creio só existem mesmo na minha pobre cabecinha ) explicam-se da seguinte forma :
Considerando os futuros escribas como os potenciais empresários que o Plano pretende aliciar , e considerando o Plano com o a virtualidade deste espaço , algumas considerações podemos avançar.

1- A total liberdade que um elemento virtual possibilita a um dos seus provaveis agentes poderá ser ao contrário do que a uma primeira vista se poderia pensar , altamente nefasto , pois na ausencia clara de algumas directrizes alimenta o receio do vazio de fundamentos , por outras palavras a total liberdade de assunto , parece bloquear as prioridades de escrita para o efeito , o que leva a que se protele indefenidamente um post neste espaço. O mesmo se passa com o investimento no plano devido á falta de garantias de sucesso do mesmo.

2- Apesar da experiência ou de experiências no estrangeiro , o know-how parece aqui não surtir qualquer resultado , uma vez que mais do que um dos meus consortes blogueiros vivem ou habitam neste momento fora de Portugal. Isto explica a falta de investimento estrangeiro num plano que tambem é verdade se quer maioritáriamente portugues mas que requer a experiencia e sobretudo o conhecimento necessario para suprir as suas limitações ( no nosso caso de assunto ) . Não havendo interesse de misturar duas mundanidades distintas, uma vez que na maior parte das vezes são mundos que não se tocam, a vivência estrangeira põe-se de parte. Assim como o investimento.

3 - Passa sobretudo pelos agentes interessados o despertar em si a vontade de superar o risco e apostar num projecto próprio apesar de sujeito aos limites de um Plano Tecnologico , que tem todas as probalidades vingar isto se se investir o suficiente interesse e dedicação , pelo que de nada vale á entidade responsavel pelo Plano , aliciar e convidar X ou Y se deles não provir qualquer desejo de integração e desonvolvimento no projecto.

Dito isto espero que tanto o Plano Tecnologico como os meus estimados amigos aqui inscritos como colaboradores resolvam arrancar de vez e terminar definitivamente com este impasse tecnologico.