sexta-feira, novembro 30, 2007

O Candidato Republicano ou o Mal Amado 2008

Os republicanos partem para esta pré-eleição, ou eleição interna com duas noções: A primeira, demarcarem-se o mais possível do actual presidente Bush; a segunda, colarem-se o mais possível ao patriotismo e conservadorismo do seu próprio partido. Não é tarefa fácil, longe disso, como alias nunca o seria, numa corrida a umas eleições presidenciais mas que este ano e com o continuo desgaste e a crescente desolação nacional pela administração Bush os pré-candidatos enfrentam uma missão quase impossível. Se por um lado têm que se manter firmes em questões como o Iraque, como os impostos e a imigração (aqui já com maior flexibilidade) com vista a agradar á maioria do seu partido, por outro e se pensarem em querer alguma vez poder lutar pelo assento na oval da casa branca, terão que mostrar-se o mais flexível possível sobre os mesmos domínios com vista a garantir alguma adesão um povo americano farto de ver morrer os seus soldados, farto de ver aumentar o desemprego, farto de ver imigrantes a ocupar os lugares ou trabalhos que julgam serem seus, enfim farto de uma politica demasiado conservadora e republicana que dura já oito anos.
Surgem aqui então as variações ou “nuances” que ditarão e elegerão o futuro candidato republicano: Giuliani representa a resistência e a luta contra o terrorismo, é a sua bandeira, é a sua cara e por isso mesmo pode ensaiar dentro do partido algumas jogadas já prevendo a verdadeira contenda que o poderá levar á casa branca. È de todos o que tem maior margem de manobra devido á sua popularidade e associação ao malogrado 9/11 e consequente luta contra o terrorismo. Ironicamente encontra-se também preso por anos de publicas convicções pró-imigração (que a Nação hoje procura desencorajar) e demasiado liberal em assuntos que o partido considera “sagrados”.
Senador McCain: Se Giuliani é a cara do 9/11 então McCain é a face do Iraque, um pouco de scwartzkophf do novo século e cuja oratória assenta mormente nos assuntos estratégicos americanos com especial relevo para o Iraque. Mccain representa a continuação, ou a defesa da Administração Bush com algumas modificações aqui e ali mas cuja estrutura apela á perpetuação das politicas Bushianas.
Governador Romney: È o grande rival de Giuliani, este massachutesiano parecido com o Ted Danson da série ”Cheer´s” aquele bar. È o Edward´s republicano, sem uma politica ou uma oratória definida mas com um grande poder de charme capaz de por si só decidir uma eleição. Representa um maior perigo para os democratas que para o republicanos fieis ás suas convicções e duras politicas. Terá como trabalho o de convencer os seus pares que não é mais que um Clinton Republicano.
Governador Huckabee: Faz lembrar visualmente o falecido Richard Nixon, o que pode ser bom ou mau evidentemente. Dá a noção de ser um tecnocrata, mais dado ao papel das tarefas que da diplomacia, no entanto sabe muito bem o que diz, o que faz e o que há para fazer numa América desmobilizada do seu moral. Tem a seu favor não estar preso a nenhuma convicção e de poder assim cativar os republicanos mais descontentes.
Por fim e the last but not the least : Ron Paul – O mais liberal dos republicanos, claramente voltado mais á esquerda e que pessoalmente me surpreendeu com a sua sagacidade nos comentários no ultimo debate. Não creio que seja escolha mas por certo deverá determinante na eleição consoante for deitando abaixo a argumentação dos mais sérios candidatos. O que sobreviver a Ron e aos efeitos Bush será o eleito á mais apetecida corrida do globo.

O País nas nuvens


terça-feira, novembro 20, 2007

S/T


João Paulo II (1920-2005)

Posto aqui a minha homenagem ao sacrificio, á dignidade, á resignação e á devoção e fé (sem limites!) humana de entre muitas de outras qualidades de Karol Józef Wojtyła, na sua pessoa outrora Papa João Paulo II.
Posto aqui a minha homenagem aquele que sabedor das inúmeras artes da tragédia humana, presente em toda e qualquer parte onde se envolva o Homem, soube gerir como nenhum outro sensibilidades sobre casos que de tão vergonhosos quanto escabrosos que a minima referência só já seria suficiente para abanar toda uma estrutura e todo um equilibrio que interessava preservar a todo o custo para não submergir no completo caos e descrédito toda uma organização que se pretende modelar (e que todavia modela grande parte do globo) do comportamento humano.
Karol Józef Wojtyła sucedeu a Albino Luciani como Sumo Pontífice e logo após a morte deste em circunstâncias ainda por explicar.
Como é sabido o Papa do povo tencionava pôr em práctica uma série de medidas que nunca foram bem recebidas pela ala mais conservadora do Vaticano, entre elas constava pensa-se um pedido de desculpas pela posição neutral, quase cúmplice da Igreja durante a II Guerra Mundial.
Durante todo o seu pontificado João Paulo II, que ostentava no nome a vontade e a fé do seu precessor soube gerir o tempo de maneira a poder realizar parte da obra de João Paulo I.
Apesar da desconfiança mas sempre sem provas e sem nunca nada nem ninguem dentro da própria Igreja mostrar vontade ou sequer interesse em revolver na "roupa suja", João Paulo II deteve-se no silêncio, culpado talvez por abnegação, resignado a não ser apenas uma voz solitária a clamar pela verdade.Resignado a não mexer em feridas demasiado recentes que poderiam muito bem envolver toda a organização incluindo os seus mais próximos bem como os seus próprios mentores.
João Paulo prefere dar tempo ao tempo, entregando-se assim ao seu ofício, prostrando-se ao sacrificio e sempre com a dignidade da inocência, resignado á vergonha que a assunção de uma culpa global que ainda antes da sua morte viria a assumir num formal pedido de desculpas á comunidade judaica, tomaria no seu mais intimo ser.
Vive no trauma. Vive na angústia, na vontade de refazer as coisas como devem ser feitas. Devota-se sem apelo nem agravo em devolver aos cristãos o brio e o orgulho-próprio de uma comunidade que procura o Bem.
A sua fé é testemunhada por milhões de católicos por todo o mundo e o seu pedido de desculpas, tardio é certo mas sincero, devolve aos seus fieis a confiança e a dignidade de uma religião que professa a paz e o amor por toda a Humanidade.

João Paulo II, O Papa bem amado.

segunda-feira, novembro 19, 2007

A tal jangada de pedra


terça-feira, novembro 13, 2007

Zip It